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Amor Sob A Lua de Ouro

Amor Sob A Lua de Ouro

img Historia
img 5 Capítulo
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img Escritora anónima
5.0
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Acerca de

Uma trama de um milionário que se apaixona por uma garota pobre.

Capítulo 1 O ENCONTRO E A PROPOSTA

Capítulo 1 – O Início da Luta:

Beatriz acorda com o som do despertador, como todos os dias. Ela ainda está cansada, seus olhos ardem com o pouco sono que teve, mas sabe que não pode se dar ao luxo de descansar. O dia está apenas começando, e as obrigações a aguardam. Ela se espreguiça, tentando espantar a sonolência, e olha para a pequena casa onde mora com sua mãe. A janela está aberta, e o cheiro de café queimado invade o ambiente, como sempre acontece quando Dona Celeste tenta preparar a bebida sozinha. Beatriz sorri com um suspiro e levanta-se rapidamente para corrigir o erro da mãe, que, embora não seja mais tão ágil quanto antes, ainda tenta ser útil. Ela entra na cozinha, onde a mãe já está sentada, com a cabeça reclinada contra o encosto da cadeira. Dona Celeste é uma mulher idosa e frágil, vítima de uma doença crônica que lhe limita os movimentos. Beatriz sente o peso dessa responsabilidade todos os dias: cuidar da mãe, garantir que ela tenha o remédio certo, a alimentação necessária, e ainda tentar ganhar o suficiente para sustentar ambas. Isso tudo sem muitas alternativas, pois as oportunidades para mulheres como ela são escassas e difíceis. - Bom dia, mãe - diz Beatriz, com um sorriso cansado, enquanto ajusta a panela no fogão. - Ah, você está acordada... - Dona Celeste responde com voz suave, um pouco sonolenta. - Você parece tão cansada, filha. Não devia trabalhar tanto. Beatriz apenas balança a cabeça. Ela já ouviu essa reclamação inúmeras vezes, mas sabe que sua mãe não entende completamente a situação. Dona Celeste sempre foi uma mulher ativa e trabalhadora, mas a doença a paralisou, e agora, Beatriz sente que precisa fazer o dobro para compensar as ausências. - Não me preocupe, mãe. Eu dou conta - responde Beatriz, pegando uma xícara de café e entregando para a mãe. Dona Celeste olha para a filha com preocupação, percebendo a exaustão em seus olhos, mas não diz mais nada. Sabe que não adianta. Beatriz sempre foi teimosa e orgulhosa demais para pedir ajuda. Ela sabe o que é necessário fazer para manter sua mãe e ela mesma de pé. Depois do café rápido, Beatriz coloca o vestido simples que usa para trabalhar. Não é um vestido bonito, mas é o que ela tem. Sente um frio na barriga ao se olhar no espelho. O reflexo a lembra da luta constante pela sobrevivência. Cada dia parece ser uma repetição do anterior, mas Beatriz se recusa a aceitar que a vida dela será assim para sempre. Ela tem esperança de que algo, em algum momento, mudará. - Eu vou sair agora, mãe. Quando voltar, faço o almoço - diz Beatriz, pegando sua bolsa e saindo apressada. Ela caminha pelas ruas movimentadas, ainda na periferia da cidade, onde os carros raramente param e o asfalto está marcado pelas irregularidades da negligência. As pessoas correm de um lado para o outro, cada uma com suas próprias preocupações, mas Beatriz é invisível para todos. Ela anda apressada, equilibrando a cesta de pães e doces que ela mesma fez, e começa a se posicionar na praça central para começar seu trabalho. Os clientes são escassos, mas ela continua sorrindo, tentando vender o que pode para garantir que a mãe tenha o que precisa. O calor do meio-dia a atinge com força, e Beatriz começa a suar. Ela olha ao redor e observa os rostos apressados das pessoas que passam, todas com roupas novas, sapatos caros, e uma expressão de distanciamento que parece cada vez mais real para ela. Cada vez mais, ela sente que está vivendo em um mundo que não a pertence, um mundo onde ela é apenas uma figurante. E, no entanto, a luta dela continua. - Quanto custa o pão, moça? - pergunta um senhor idoso, interrompendo seus pensamentos. - Cinco reais, senhor - responde Beatriz com um sorriso simpático, como se não sentisse o peso da frustração que insiste em apertar seu peito. Ela sente uma pontada no peito, mas não pode demonstrar fraqueza. O senhor compra o pão, e ela sente uma leve sensação de vitória. Cada venda é um pequeno passo para a sobrevivência. O dia segue lento. Às vezes, alguém a olha com piedade, mas ela não precisa disso. Não precisa da ajuda de ninguém, nem das palavras vazias que as pessoas às vezes dizem. Ela só precisa de trabalho, de um caminho que possa seguir para sair da miséria que parece ser sua eterna companhia. À medida que a tarde vai avançando, a praça vai esvaziando. Beatriz já está começando a se perguntar se seria melhor tentar vender suas mercadorias em outro lugar, quando algo inesperado acontece. Um homem alto e bem vestido aparece na sua frente. Ele é diferente de todos os outros, com seu terno impecável e olhar atento. Ele a observa por um momento antes de se aproximar, e Beatriz, embora surpreendida, tenta não demonstrar a tensão que sente em seu peito. - Olá - diz ele com um sorriso discreto. - Esses pães parecem deliciosos. Posso comprar um? Beatriz o observa de cima a baixo, desconfiada. Ela não está acostumada com esse tipo de pessoa naquele lugar, e a princípio, fica com receio de que ele esteja apenas brincando com ela. - Claro, senhor. - Ela tenta sorrir, mas não consegue esconder a insegurança. - São fresquinhos, acabaram de sair do forno. Ele pega um pão e paga sem hesitar, seus olhos fixos nela, como se estivesse interessado não apenas no pão, mas em algo mais. A troca entre eles dura alguns segundos, mas Beatriz sente que aquele momento é diferente. Ele é uma presença rara, uma pessoa que não parece tão distante do mundo dela, mas ao mesmo tempo, tão distante. - Eu não costumo vir aqui, mas algo me chamou a atenção - diz ele, com uma expressão pensativa. - Você trabalha muito, não? Ela se sente desconfortável com a pergunta, mas responde honestamente, como sempre faz. - Sim. Todos os dias. Não posso parar. Minha mãe precisa de mim, e... eu preciso de um jeito de dar uma vida melhor para ela. O homem a observa em silêncio, como se estivesse absorvendo cada palavra. Beatriz tenta desviar o olhar, mas algo nela a impede. Uma sensação inexplicável começa a crescer dentro dela. Talvez fosse a forma como ele a olhou, ou talvez fosse o fato de que, naquele momento, ele parecia ver mais nela do que apenas uma vendedora de rua. O homem faz uma pausa e então pergunta: - E o que você sonha em fazer, Beatriz? Ela fica surpresa. Como ele sabia seu nome? - Você me disse ontem - ele responde com um sorriso ligeiro, percebendo sua reação. - Eu sou Miguel. Talvez eu possa ajudar você a tornar seus sonhos realidade. Ela não sabe o que pensar. Mas, algo em Miguel parece diferente. Ele é alguém que, de alguma forma, entende a dor do que significa lutar por algo, embora de uma maneira completamente diferente. Ela sente uma mistura de desconfiança e curiosidade. O que ele quer de mim? Por que ele está aqui? Ela se pergunta, mas antes de continuar a reflexão, ele já está se afastando, deixando uma carta de visita em sua mão. - Se precisar de algo, me procure - ele diz, antes de se perder na multidão. Beatriz observa a carta, em silêncio. Algo dentro dela, uma voz silenciosa, a avisa que este encontro pode ser o começo de algo que ela nunca imaginou.

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